quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Maquiladora e Radiophônicos

Tirando a poeira aqui do blog. A dança de Monaco, infelizmente, vai descer um pouco, mas é para dar espaço para um texto que fiz lá na Divina Comédia, logo em seguida do show da Maquiladora, no dia... dia... 11/09? Acho que foi. Animado pelo show e cerveja, algumas palavras bacanas surgiram.

Segue o texto. E prometo mais atualizações.


Dancing with myself

Somos bateristas, DJs, jornalistas, guitarristas, baixistas, produtores de opinião... mas, por diversas vezes, somos público. Única e somente público. E isso é bom demais.

“Você discoteca hoje?”, perguntou minha grande amiga Gigi. “Não, hoje não. Hoje sou público”. Todos têm o direito, por algumas vezes, de ser apenas público. E, nessa noite de Radiophônicos e Maquiladora, acreditem, isso foi um lucro em tanto.

A começar que o público não era somente eu. Mas, sim, uma penca de amigos que, por coincidência ou não, também fazem parte de bandas. Somata inteiro comparece, Bôe Seamus, Vícios Primaveras... e todos eles, assim como eu, tiveram o privilégio de serem apenas público.

A noite começou tímida, amigos se encontrando, conversas. “E aí, vai no Terra ou no Maquinaria” e afins... Mais pessoas comparecem e as conversas melhoram.

A banda que abriu a noite foi a curitibana Radiophônicos. Bom, o que dizer deles? Eles parecem respirar os anos 60/70, tanto nos cabelos, ternos, guitarras e ritmos dançantes. Os rapazes têm personalidade. Desde o rock’n roll dançante de suas músicas até nos covers de Johnny Cash, Mutantes, Yardbirds e Elvis Presley.

Esse ótimo clima parece que inspirou a todos. Assim, o DJ Alê mandou muito bem no set em seguida. Éramos amigos dançando na pista ao som do indie 00’s. Eita sensação boa.

Foi bacana também ver o DJ Edy Monster, ao nosso lado, dançando também como público. Para quem não o conhece, ele é a cabeça por trás do grande sucesso da festa Freak Nation, que também acontece na Divina Comédia.

O som na pista parou, mas não causou tristeza para os que dançavam, pois, em seguida, vieram as moças da Maquiladora. E, caramba, como sempre falo, elas parecem sempre melhor a cada show.

Elas fizeram todos dançar e pular, a gritar “LEGALZINHO!”, numa brincadeira, com direito a um quase bate-cabeça em Too Much Wine. E, vejo ao meu lado, o guitarrista do Radiophônicos, como público também, curtindo o som.

Dançamos. Dancei. Na pista, no show. Não discotequei, não toquei. Apenas assisti, participei, curti e bebi.

A Tânia, entre as músicas, dispara: “Alguém deve se perguntar: Por que ter banda? Não ganha dinheiro, não vai no Faustão...”

“Faustão, aquele gordo!”, interrompe o Bôe.

“Mas, essa baderna toda... essa baderna toda compensa!”, completa a vocalista da Maquiadora.

E eu assino embaixo. Em época que venho me questionando o tempo, como ele passa rápido, o que aprender, o que fazer, que costumes seguir, essa noite me ensinou a apenas viver, dançar, curtir. Quando formos públicos, dançar. Quando banda ou DJ, fazer dançar. As sensações sentidas serão lembradas por outros tempos e ensinaremos ao público ou às bandas, o quão bom é dançar ou fazer dançar.

Set list da Maquiladora

Abraços a todos!

5 comentários:

Thania disse...

ahahaha!!! Que texto bonito, Z!!! ;D
E onde vc conseguiu esse set list, homem?! Guarde-o... vc ainda ganhará milhoõõões com ele!!! kkkkk! =D

bjk!

Thania

Unknown disse...

Aew Z!!! Atualizou e mandou mto bem! Divina Comédia, com mtos amigos, cerveja barata e Maquiladora...
...só podia ser uma noite e tanto msm!
Grande abraço!

L U Z ! ! !

Glaucia Pestana disse...

Queria tanto ter idooo, cacete de compromisso de sabado viu! arght...

:D que bom que aconteceram todas essas coisas, é legal ver como em Mogi existe uma "coisa" bacana! num dá pra saber se é união, se é amizade, se é coleguismo mas existe uma coisa/energia que faz o pulmão de todo mundo prender a respiração, a música!

Admiro essas bandas e pessoas de Mogi, na minha pobre cidade não tem isso.

guimotoco disse...

Maquila é sempre maquila, simplesmente a melhor banda ;)

Regis Vernissage disse...

belo texto Z! conseguiu passar com exatidão o feeling de apenas assistir, participar, curtir, beber e se entregar ao rock sem a necessidade de um compromisso maior senão esse...
acho que é por isso que o Jorge não toca em banda nem discoteca... curtir é bom demais, ainda mais quando se trata de maquiladora!