União de pessoas afins para fazer valer o som
Vou citar algo que não é segredo: "Mogi tem muita banda boa e uma diferente da outra". A frase não é minha, é do Elmo, uma das cabeças do Selo Sem Sê-lo, que já deve estar há quase uma década agitando um bom barulho na terra do caqui.
Com essa informção, um pilar da cena já se sustenta: ter bandas boas. Agora, os outros pilares são totalmente dependentes um do outro: público, organizadores e local. Local, hoje, temos o Cuba Café, Campus VI e Divina Comédia, principalmente. Público, por muitas vezes, é composto pelas próprias bandas, mas, por outras vezes, composto por outras pessoas, interessadas no show. É meio irregular, quantitativamente. Mas, num geral, há alguma coisa em Mogi que barram as pessoas de conhecerem sons novos, não sei.
Organizadores: selos, coletivos, produtoras... é aí que quero chegar. Tem coisa nova rolando, coisa voltando e coisa transformando - e, claro, já rolou e desrolou muita coisa também nos últimos anos. E acho válido falar quem são e o que estão fazendo.
O primeiro já está na cena há um bom tempo, como já falei. É o Selo Sem Sê-lo, encabeçado pelos irmãos Eder e Elmo, junto com alguns amigos. Com o espaço Campus VI, são entusiastas de grandes shows, apoiando as bandas independentes.
O Selo ficou bons meses parado, mas voltou com bastante força agora. Eles estão com um blog (com uma testeira ótima) bem bacana, mais o velho fotolog. E esse sábado rola isso:
Aí, quem está com grande força também é o Bequadro Mostarda, fazendo eventos dentro e fora de Mogi, atualizando freneticamente o ótimo blog, com resenhas e divulgação de shows.
O Bequadro é composto por integrantes das bandas Jane Dope, Seamus e Maquiladora. Rola isso esse sábado, deles:
Há coisas por vir ainda. O Olho do Meu Pai parece que vai dar uma agitada boa com uma nova revista. E o Divina, como sempre, abrindo espaço para eventos ou shows isolados.
A questão é, independentemente do objetivo de cada banda, coletivo, público, selo, local... o importante é que agora está voltando a boa frequência de shows. Pelo menos, a princípio, é o que importa. Tudo isso estando bem consolidado, há um outro pilar que poderá ficar forte: investimento. Seja ele público, privado ou vindo dos próprios eventos.
A Virada Paulista está aí. Vai vir Mudhoney. No mesmo evento, alguns até no mesmo palco, vão tocar também Conte-me uma Mentira, Topsy Turvy, Jane Dope, Maquiladora e Vício Primavera. Tenho a esperança de alguém influente olhar para essas essas ótimas bandas e ver o quão a prefeitura está atrasada em investimentos na cena indie. E também esperança de um público novo acordar para o bom som autoral que a cidade faz.
O último pilar, mídia, a gente vai dando um jeito pela internet, alguns jornais nos abrem espaço também. Canais não faltam e não faltarão.
Abraços a todos.
Por Zelenski, ao som de OAEOZ
PS.: Falei de sábado, mas hoje, sexta, tem Vício Primavera, Nandes Castro e Maracatu no Divina.
Um comentário:
o corre é eterno, dear Z... mas somos guerreiros e jamais desistiremos!! bequadros, selos, olhos e porandubas são os eternos heróis da resistência...
nota: hoje (sábado) festival lumière ganhou as capas dos cadernos de cultura do mogi news e do diário de mogi, vê lá!
abs
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