quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Estreia com classe e barulho: resenha do álbum Topsyturvy

Topsyturvy já vem fazendo barulho há um bom tempo, desde o lançamento do ótimo EP “-1”. Agora, a trupe, que na verdade hoje é uma dupla no melhor estilo Omar e Cedric, lança o álbum cheio de estreia, homônimo, com oito músicas ótimas, que podem ser baixadas via Trama Virtual.

O álbum começa com Blunder, velha conhecida de shows, presente em “-1”, que tem cara de início de festa, mas que, ao explodir, mostra a que veio, com toda a mistura de som, com direito a muita guitarra e brasilidade. O final da música parece uma brincadeira entre os integrantes, que mostra que, no fundo, o maior objetivo de todos é apenas se divertir.

Topsyturvy continua com a roqueira, que funciona muito bem ao vivo, Hold me Freak, passa pela mais emocionante e Mars Volta faixa do álbum, Bubbles, até topar com outra música do “-1”, a dançante e frenética S&M Cold Make You Love.


 A sugestiva capa de Topsyturvy

Read and Sleep é um momento ímpar do álbum. O título não poderia sem melhor, pois remete àquelas leituras que antecedem o sono. Entretanto, a música continua depois que se adormece e parece entrar nos sonhos, no maior estilo Dorothy, levando quem escuta às pirações do mundo de Oz. Talvez por isso, lembra Pink Floyd, devido ao Dark Side of The Rainbow.

Como um despertador, segue Layabout e, depois, também conhecida e rebolante, que fecha as faixas que pertenciam os “-1”, Sambö.

Fora e dentro do álbum, Broadcast é, com certeza, a melhor música para finalizar o estreiante Topsyturvy. Por diversos motivos: a música é superinfluenciada por Queens Of The Stone Age; é o Gui quem canta, que, junto com o André, não compõem mais a formação da banda, deixando assim um gosto de nostalgia no ar; e, talvez o principal motivo, é uma música ótima, que funciona muito bem nos fones de ouvido quanto ao vivo (o que dificilmente acontecerá novamente).

Topsyturvy, a banda, é um destaque hoje na Mogi Indie Scene. Há toda uma história em torno de sua criação, em torno do “-1”,  do álbum de estreia e do fato de serem assumidamente uma dupla hoje. Todo esse contexto apenas aumenta a vontade de vê-los tocando e produzindo cada vez mais material. Que venha o próximo álbum.

Um comentário:

Regis Vernissage disse...

pois é Z dear, esse é o álbum do ano fácil, fácil... ia também fazer uma resenha sobre, mas como de praxe vc foi mais rapido no gatilho que a minha sequelagem típica... rs... Alexandre Lima e Gummer Rodrigues são o futuro da criatividade reinante no presente, se é que me entende... precisa urgentemente ouvir os 6 sons novos (alguns já semi-prontos) que eles estão tramando, facilmente encontráveis em qualquer ensaio deste espetacular power-duo!