Boa ótica em Baile de Gramofone
A banda carioca Cinedisco ganha destaque em diversos pontos: musicalidade criatividade, o uso de brinquedos nas canções, o mix de integrantes de bandas diferentes, a influência de elementos que ultrapassam o universo da música (como livros e cinema) e, principalmente, a ótica diferenciada sobre os temas abordados.
E Baile de Gramofone, CD recém lançado da banda, sucessor do ótimo Livros, Discos Filmes E Um Pouco De Delírio Cotidiano, comprova ainda mais essa idéia. Além de ter os outros elementos reforçados, o que mais me surpreendeu foi como os temas foram tratados neste álbum.
Os temas não são originais, mas a visão é. Relacionamentos, encontros, despedidas, expectativas, arrependimento, ciúmes e sinceridade, tratados de forma que faz você pensar e concordar ou discordar. Diferente do infeliz álbum Redenção, do Fresno, que, por mais que se tente, não se consegue tirar nada de original ou inovador, seja na melodia ou nas letras.
A prévia com o EP Mais Delírio, Menos Sal, feito junto com os companheiros do Deluxe Trio, com duas canções inéditas de cada banda, já trazia bons fluídos para o novo álbum.
Destaque para as canções Encontro em NY (e toda sua expectativa agonizante e otimista e o ótimo backing vocal da galera toda), Nada Platônico (e uma visão sobre o ciúmes), Louvre (que já era bonus track no primeiro álbum, agora em versão com a banda toda), a soft rock Quem Precisa da França e a já conhecida Quando Você Saiu, que já havia sido lançada como single.
Destaque também para a bela arte do CD.
Poderemos conferir tudo isso dia 28 de novembro, aqui em Mogi das Cruzes. Já fui em um show deles e recomendo. A mesa com os brinquedos é um show a parte.
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E falando em lançamentos, procurem pelo novo álbum da banda Instiga, Tenho Uma Banda, que está muito interessante também.
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Por Zelenski, ao som de Marcelo Camelo, Janta.
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