quinta-feira, 12 de março de 2009

A nova formação do Accidents…

…e vamos falar mais um pouco sobre a cena

Tenho passeado muito pela blogosfera. Não só no mundo dos blogs, na verdade. Blogs, sites, portais, Twitter, Orkut, e coisas assim. Constatei algo que, na teoria, já sabia: o melhor conteúdo, desde que se saiba procurar, somos nós, os internautas, quem produzimos (sejamos profissionais da comunicação, cartunistas, ou apenas pessoas com vontade de produzir conteúdo).

Aqui tem alguns bons exemplos do que estou falando: Bloody Pop e Rock Town… Tem muito mais ainda, mas não cabe aqui ficar citando-os.

E, o que constatei também, que há muito “mais do mesmo” nesse material todo produzido. O que me fez despertar, pois como me encaixo no perfil de pessoas que querem produzir conteúdo, que não podia cair na mesmisse do que já existe.

Entretanto, a solução deste problema me veio rápido, já que, de certa forma, já pratico esta resposta: abraçar o que acontece em Mogi e/ou as coisas que interessam aos mogianos ligados em boa música.

Gosto de estar por dentro que as bandas internacionais lançam (curti pra caramba os últimos álbuns do The Killers, Franz Ferdnand e The Cure, mas eles já tem quem fale deles – cof, cof, Rolling Stone, cof cof).

Por isso que vou abraçar de vez essa causa solitária: tentar falar sempre da cena mogiana (ela existe? Sim, existe) .

E, pra começar, entrevistei o Felipera Lima, da Accidents, uma das bandas mas fodas da Terra do Caqui. Os caras eram um quarteto. Hoje, são um trio, formado por Felipe Lima no vocal e guitarra, Ju Lima no baixo e Rafa Gomes na bateria.

Os membros do Accidents já são figuras conhecidas da cena mogiana, envolvendo bandas que já fizeram história por aqui, como o FUD, até as atuais, como Korova's Veloccet e Give me a Break.

Chega de enrolação e segue a entrevista:

Accidents, em sua nova fase e formação

• Fale um pouco da nova formação do Accidents;

Poxa, não sei nem por onde começar. (risos)

Antes de mais nada, gostaria de agradecer pela entrevista e a todas as pessoas que nos ajudaram, estendendo a mão para que pudéssemos nos fortalecer e dar um passo à frente. No começo, tentamos remendar a situação, mas, por um motivo ou outro os antigos integrantes não conseguiram seguir o nosso ritmo, até que por ambas as partes foi decidido que não daria mais.

Então era "vencer ou morrer", né (risos)? (Como diz a música "Medalhas douradas").

Tocar é uma das coisas mais importantes em minha vida, é onde escrevo minhas maiores confissões, alegrias e lamentos, e continuar com a banda é um compromisso que vai além de qualquer coisa, assim como manter meu coração batendo.

A mudança na formação foi mais impactante do que uma troca de integrantes. Pois, além de ter entrado uma nova figura, a banda agora é um trio. Como foi isso para vocês?

A importância da bateria em uma banda é crucial. Algumas pessoas podem até achar que guitarra ou baixo são mais importantes, mas, é a bateria quem manda na banda, ela quem define se uma banda tem peso ou não. Por isso, pensamos muito antes de chamar alguém, precisava ser alguém que tocasse com muita força de vontade, e que dividisse das mesmas idéias e objetivos que nós, e, sem dúvidas, o Rafa era o cara perfeito, que tinha todas essas qualidades, entre outras. Fora que eu já tirava o chapéu para a banda dele o Korova´s Veloccet, e acabei tendo um contato muito positivo com os caras no ano passado, quando eles me convidaram para desenhar a capa do CD "Feeling it once again", e assistir a sessão de gravação do CD, foi uma experiência inesquecível, valeu a pena cada segundo.

Já o lance de virar um trio aconteceu naturalmente, ensaiamos umas duas ou três vezes, e não sentimos necessidade de chamar alguém para tocar guitarra, em um futuro distante pode ser que mais uma ou duas pessoas, passem a fazer parte da banda, mas temporariamente estamos muito satisfeitos.

• O que podemos esperar dos próximos sons e shows da banda?

UAU, esta pergunta atingiu o ponto G. Já temos muitos sons novos, alguns que eu tinha guardado na manga e outros que eu escrevi nesse meio tempo. Acho que musicalmente a banda está se encontrando, não só pelo fato da mudança na formação, mas, também porque acabamos de completar 2 anos de estrada, e isso tem feito com que consigamos enxergar quem realmente somos e para onde seguimos, algo que no início da banda era um pouco nebuloso. Sinto que alguns sons novos soam como as guitarras sevéras de Tommy Iommy, com a batera do John Bonham, e o baixo da melissa auf der maur, e o vocal do Elvis Presley...(risos)

Pelo menos é isso o que a gente sente quando fecha os olhos...(risos)

Mas voltando ao planeta terra. (risos)

Queremos continuar tocando pelo Interior de São Paulo e Capital, e até atingir outros estados, essa é uma grande meta.

Outra meta é nosso terceiro disco, não temos pressa para começá-lo, queremos gravá-lo com bastante calma e tranquilidade, e estamos buscando parceiros para distribuição em outros estados brasileiros e até países, mas, este já é um outro degrau que conquistaremos com nosso trabalho, suor e com o tempo, que ao contrário do que dizem por aí, ele é o nosso maior aliado.

• Fale algo da cena mogiana. O que acha, ela existe, não existe, é forte…

Percorro os shows que acontecem na cidade, há pelo menos uns 12 anos. Peguei a tão comentada "fase boa do pesqueiro", assisti Coléra, Autoramas, Sangue de Rua, Holly Tree, Invasores de cérebro, Carbona, Blind Pigs, Hateen (quando ainda eram pobres), Baby Scream... e tudo por um real, quer coisa melhor?

Não há o que discutir, é lógico que ela existe e cresce junto com a cidade. Hoje em dia temos o Campus VI, o Divina Comédia, o Bar Fly e o mais novo empreendimento da cidade que já é um sucesso, que é o Cuba Café, fora as bandas, e quase tudo o que constrói uma grande "cena".

Acredito que ainda falta um certo senso de amadurecimento de muitas partes envolvidas nesta existência. Por exemplo, percebo que graças a esta cena muitas pessoas acabaram conhecendo o trabalho de algumas bandas da região, mas parece que as coisas param por aí.

Acredito que a "cena mogiana" merece pertencer ao mundo todo. Vejo até banda acabar, por não conseguir enxergar o que vem depois dos muros da "Cena Mogi", e francamente isso é bem triste.

Mas daí vem a parte positiva, que é ver que algumas bandas já possuem esta visão, e estão crescendo com seu trabalho, se firmando e prospectando sua música por aí, gravando discos após discos e provando que são produtores famintos da Indústria independente.

Para todas estas bandas que continuam com sabedoria e otimismo eu tiro o meu chapéu.

Evolução é experiência!
E Experiência é força!
E aos poucos chegamos lá!

E não se esqueçam:


Tocaremos no sábadão dia 14/03 no Divina Comédia com Pale Sunday e será uma noite e tanto!
Estão todos convidados!

[Sexta rola Alê, do Mentecapto, e Gui, do Motocontinuo, no Divina também. Tanto sexta quanto sábado tem discotecagem minha, DJ Z, e do Alê, do Divina]



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Tenho muito o que produzir ainda. Não consegui editar ainda o show do Faichecleres que rolou aqui em Mogi mês passado, quero falar dos próximos shows do Cor-Séría, Colettive (esses dois em Mogi), Mentecapto (em Taubaté) e Maquiladora (em Sampa e Pinda), que estão para acontecer, vai rolar um evento bacana no fim do mês na Nona Arte, que pretendo cobrir e divulgar aqui.

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Bom, rapaziada, é isso. Bons sons a vocês. Fica uma segestão de um bom álbum para ouvir: Say you will, do Fleetwood Mac. Este álbum é de 2003 e tem uma puta sonoridade diferente dos álbuns anteriores da banda (tanto a fase jazz quanto a mais pop), mas contém músicas potentes pra caramba. Eu me surpreendi.

Abraços!

3 comentários:

Regis Vernissage disse...

Long Live Accidents!!

Moura, Nah disse...

Long Live as diferenças do Mais do Mesmo!!!

Thiago Gal disse...

fico feliz em conhecer o tititi a tanto tempo e presenciar todas as suas empreentadas, que com certeza merecem respeito. Viva o acc e muita luz para o novo integrante, o rafa santa rita.

hellocubacafe.blogspot.com