domingo, 10 de maio de 2009

Tesão por tocar

Shows das bandas Refluxo, Conte-me uma Mentira e Os Flutuantes

Olá, pessoal.

Começo logo a faladeira dando uma boa notícia: o Campus VI vai voltar a fazer som mesmo, com mais frequência, e envolvendo mais bandas. Vamos começar a patota toda a partir de junho, com um show do Cor-Séría, Somata, Vício Primavera e mais uma banda que eu ainda não sei qual é. E começaremos com estilo, já que o show será também para dar uma força para nossa amiga Aline ir expor sua arte lá pra fora.

Conto também sobre o Cuba Café. Estou conversando com frequência com o Rogério sobre ter pockets shows lá. Ter mais e nesse formato mesmo, pocket, acústico e afins. Provavelmente, o primeiro dessa leva será o show acústico do Cor-Séría com o Colettive. Queremos que mais bandas se prontifiquem a adaptar seus shows nesse formato para o Cuba. Será um diferencial em tanto. Que acham?

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De todas as coisas bacanas que aconteceram nesse final de semana, poderei falar com propriedade apenas dos shows que rolaram do Divina Comédia, no sábado à noite. As bandas da vez eram Refluxo, de Sampa, Conte-me uma Mentira e Os Flutuantes, do Sul.

Cheguei no Divina era mais de meia noite já. Quando entrei, o palco já estava montado e com muito pedais à mostra e um notebook. "Os caras têm uma pegada eletrônica", me disse o Alê Giácomo sobre o Refluxo. Bacana, bacana, vamos ver qual é a deles.

Pedais e note do Refluxo

Peguei minhas cervejas e fui papear com os amigos presentes, até a hora do início do show. Obviamente, com o palco montado, a primeira da noite seria o próprio Refluxo. Enquanto ainda proseava, o guitarrista subiu ao palco. "Não precisamos ir pra lá agora, só o guitarrista está no palco", pensei. Mas, mal sabia que, desta forma, metade da banda já estava no palco. Isso, a banda era uma dupla.

Garota no baixo, rapaz na guitarra, ambos nos vocais. O rapaz quem comandava a bateria eletrônica, pelos seus pedais e note. E fizeram um dos sons mais potentes que eu ouvi nos últimos tempos. O Phael, do Cor-Séría, deu uma boa definição a eles: "É Sonic Youth misturado com Postal Service". E eu concordei.

Refluxo

Muito barulho, muita guitarra, distorções irreconhecíveis e inéditas para mim, vocais masculinos e femininos intercalados. Me rendi ao som e entrei em transe. Refluxo. Vamos chamá-los mais vezes para tocar em Mogi, por favor.

Refluxo

Em seguida, foram nossos amigos do Conte-me uma Mentira. Não tenho muito o que falar e o que eu falar, será suspeito, pois sou fã da banda desde sempre. Eles são uma das poucas bandas que conheço que têm influência de Fugazi de forma clara. E isso é do caralho.

Aí fiquei matutando o que poderia falar de novo sobre eles. E, observando o bom show deles da noite, percebi algo que não havia visto antes: como cada instrumento, em todas as músicas, tem uma mesma importância e como um completa o outro de forma única. E tudo isso, torna-os uma das bandas mais estilosas e rock'n roll que conheço. O Diego, ex-Dielo e ex-G.A.T., comentou comigo "As bandas de Mogi não devem nada às bandas de outras cidades e capitais". E concordei de novo.

Conte-me uma Mentira

Para fechar a noite, os rapazes simpatissíssimos do Os Flutuantes. A casa não estava tão cheia quanto a noite merecia. Mas, para eles, estava tudo bem, estavam curtindo o lugar, as pessoas, as cervejas e jurupingas. Logo que os vi, papeando (eles puxaram assunto comigo do nada: "Tu é paulista, não é?"), vi que eles estavam em casa, à vontade.

Lá pelas 3h30, 4h, começaram a tocar. Rock. Muito rock. Influências como Beatles, Jimmi Hendrix e muito Roberto Carlos foram mais do que notáveis. Até mesmo por que, eles tocaram algumas covers, incluindo música dos rapazes do Liverpol e desse deus da guitarra.

Os Flutuantes

E eles não queriam parar de tocar. Estavam curtindo muito tudo isso. Prazer por tocar. Ficavam pedindo para o Alê: "Patrão, podemos tocar mais uma? Uma não, mais duas?". E foi. Com muita guitarra, muito rock. Deu gosto de ver. Temos que aprender um pouco com isso.

Os Flutuantes (ainda acho que o batera parece o Dustin Hoffman, em A Primeira Noite de um Homem)

A noite acaba. O som acaba. Mas nas próximas semanas tem mais. E quero trazer mais novidades. Estou aprontando algumas coisas, que em algumas semanas já devem dar resultado (podcast, videocast, zine, coluna em jornal). Mas aí a gente vai se falando. E vai fazendo barulho.

Quero agradecer as pessoas que estão se prontificando em ajudar o blog. Em especial o Régis, o André e o Boê. Vou passar mais coisas para vocês, hem, rapazes.

É isso.

Abraçøs a todos.

Por Zelenski, ao som de Sleepercar.

4 comentários:

André Marques disse...

Zê!!!! Já falei rapaz!!! Passa a bucha que quiser pra mim, hehehehe!!!

Ótima cobertura disso tudo heim!!!

Uma coisinha: Quem faz "A Primeira noite de um Homem" não é o Dustin Hoffman??? Não me lembro do DeNiro no filme.... Ou to enganado???

Abração Zê!!!!

Zelenski disse...

Nossa, ele mesmo!

Por isso ninguém lembrava rsrsrsrs

Confundi com "Mera coincidência", que tem os dois.

Valeu!

Regis Vernissage disse...

queria muito ter visto o refluxo...

fernando lalli disse...

Refluxo é foda, Rejão. Evite perder. =)