segunda-feira, 4 de maio de 2009

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Todos, imagino eu, sabem de um famigerado post neste blog sobre a cena. Aliás, não é o post em si, mas os comentários relativos à cena que se seguiram.

O que se discute lá foi e está sendo interessante, apesar de alguns ataques pessoais. Mas, um ponto que eu queria tocar é em relação a missão deste blog, que é colaborar para fortalecer/elevar a cena. Discutir a cena se inclui nisso, é claro.

Entretanto, por causa desse post, pessoas passaram a acessar o blog só para fomentar/desviar aquela discussão (que, na verdade, a princípio nem era sobre a cena em si, mas sim a cobertura de uma noite de show). Isso é bom e ruim.

Bom, pois o blog recebe mais visitações, é citado no boca-a-boca e, como já dito, discute pontos importantes da cena. Mas também é ruim, pois o blog não se resume apenas naquele post. Recentemente, fiz uma entrevista com o André, do estúdio Overdrive, uma matéria sobre a nova banda da cidade, BDE, entrevistas com bandas bacanas, como com o Anacrônica, que veio do Sul tocar em Mogi (e fez um show do caramba) e com nossos amigos mogianos dos Cafetones, e mais, muito mais conteúdo, na medida do possível que eu consigo produzir.

Tirando a entrevista com o André, que também gerou um debate bacana, os demais pouquíssimas pessoas participaram do conteúdo gerado.

Não quero que todo mundo que entre, comente. Mas também não gostaria que todos que entrassem aqui fossem por causa de apenas uma das discussões do blog. Vamos continuar debatendo, lógico, mas evoluindo, post a post.

Eu acredito na cena. E quem acredita, acho que vai entender essa minha angústia.

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Shows do final de semana em Mogi


Pessoal, fui ver as paradas na Virada Cultural em São Paulo, e não vi os shows do final de semana aqui em Mogi. Alguém viu, tirou foto ou algo do tipo? Se sim, vamos compartilhar. ;-)

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Enquete


Estava matutando dia desses sobre o público da cena indie de Mogi. Aí, cheguei em alguns impasses. Pensei nessas possibilidades:

a) A maioria do público mogiano até gostaria de estar nos eventos, mas não sabe que está rolando;

b) A maioria do público mogiano até gostaria de estar nos eventos, mas não tem dinheiro;

c) A maioria do público mogiano até gostaria de estar nos eventos, mas tem preguiça de sair de casa, de procurar por bandas daqui;

d) Não existe público mogiano.

e) As pessoas sabem o que está rolando, mas, por gosto pessoal, não gostam das bandas independentes atuais.

Que acham? Vale falar que quando eu falo "público mogiano" não me refiro às pessoas que já vão nos eventos e shows, mas sim aos que não vão.

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Abraços a todos.
Por Zelenski, ao som de Odair José (que mandou muito bem na Virada)

10 comentários:

Zelenski disse...

Eu gosto de acreditar na (a), pq me dá esperanças, mas as vezes eu penso que é (d) ou (e).

Regis Vernissage disse...

eu voto na (d) fácil...

por mais que existam várias ações na cidade em prol do independente (casas, festivais, intercâmbios, etc) o público que presencia estas ações é evidentemente ralo, o que causa uma falsa impressão de "panela", porém é natural que as pessoas com os mesmos interesses se aproximem umas das outras... mas voltando ao ponto, vemos que não existe público mogiano pro novo, apenas pra baladas covers e de sertanejo, que boooombam...
aliás, fato este característico em cidades provincianas onde não é apenas mogi que sofre... veja o que nossos fellas do vale do paraíba passam para fazer um evento a cada 2, 3 meses...

sem contar a galere que vai no evento pra "ver a banda do amigo" (será por imposição?) e cair fora logo em seguida, mas este já é um outro tópico...

Duda Citriniti disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Duda Citriniti disse...

d) Não existe público mogiano.

Como já conversei com o Z dia desses, infelizmente¹, não existe público mogiano.
Infelizmente² 99,9% das pessoas que vão aos shows vão para ver o amigo tocar (como já citou o querido Man acima).
Infelizmente³ mogi só tem patricinhas e playboys que vão para as "baladas" só para beber, paquerar fulano, escutar musiquinhas clichês etc.
Chego a conclusão que se você quer ir longe o melhor que tem a fazer é sair dessa cidadezinha, não adianta querer fazer nada por Mogi, não existe público, e uma banda, a arte em geral, precisa dele. Então para que se desgastar por um pessoal que só quer saber de encher a cara e "curtir" a noite.
E eu, sinceramente, posso falar muito bem sobre isso pois faço parte do escasso público, que não tem banda, nunca teve mas está sempre presente nos shows. Por que sou amiga dos integrantes da banda?
Sim, mas antes disso já estava eu lá sem conhecer um ser sequer, apenas para ver shows de bandas que conhecia por trama, myspace e afins e gostava(gosto) pra caralho.

André Marques disse...

Opção D


O Brasil é zoado....

guimotoco disse...

uma vez me pergutaram qdo eu ia crescer e parar com essas brincadeiras de ter banda e tal... talvez o povo de mogi ache mesmo q ter banda de música própria é uma brincadeira, não é algo a se levar a sério, gastar grana com isso, perder a balada (pop lixo) pra ver uma banda diferente e tal...
deve ser isso ;P

André Marques disse...

Concordo com o Gui.

E só complemetando minha resposta (opção D, logo acima do Gui), não só Mogi não tem público, mas acho que em nenhum lugar do país. Se existe algum lugar em que exista um público pra som autoral (tirando os amigos e namoradas e outras bandas e suas namoradas) deve estar muito bem escondido e submerso. Não faço idéia onde. Posso dizer por experiência própria que Belo Horizonte e Cuiabá não são dessas cidades.

Nunca o bordão " O BRASIL É O PAÍS DO SAMBA E DO FUTEBOL " fez tanto sentido pra mim quanto hoje em dia. Olha, e não é que é a mais pura verdade? Não adianta, é cultural, ta enraigado no nosso povo. Não dá pra lutar contra.

Público fiel mesmo são os metaleiros, mas coitados, deviam ter nascido na Suécia, hehehehe.

Viva o Brasil, capital mundial do Cover. Belo título heim.

caio costa amaro disse...

Todas as alternativas estão corretas! Quem não vai nos shows não vai responder a enquete, sendo assim acredito na soma...+++++

Agora que fiz minha parte, voltando a discussão da cena...kkk....abraço pessoal do cenário!!!!

Moura, Nah disse...

Bom, sobre os shows do final de semana, não tenho imagens, material, apenas algumas palavras...Na verdade também compareci a virada cultural, então o unico evento que consegui estar presente foi o Sarau do Coletivo Trinca (na verdade o Z também esteve, mas na parte mais política, que foi interessante mas teve algumas falhas, porém o que não vem ao caso comentar neste espaço)
Então, o evento contou com a participação do Funkciona que como já foi dito aqui muito funciona rs. Contudo era uma versão completamente diferente dos componentes (isso das variações é muito legal). A apresentação focou mais no instrumental mesmo, e foi bem bacana, mas houveram algumas participações no vocal, como a Cris do Coletive, que mandou muito bem, além de algumas pessoas que entraram pra recitar, conjuntamente poesias.
E antes da apresentação do proprio Coletive, o Paulo do Trinca colaborou com uma apresentação de gaita, bem foda.
O Coletive foi invrivel. A apresentação foi curta, mas bastante memorável. Foi bastante contagiante e os integrantes estavam em uma otima sintonia. A banda alegou ter sido uma das melhores apresentações.
Antes do show eu conversava com o Rogerio e este me falava da empolgação que tem sobre um som da banda que ocorrerá na faculdade que um dos membros estuda, que segundo ele, o interessante refere-se ao fato de poderem tocar para um publico diferente. Acho que isso também foi bacana no Sarau, era um publico bastante heterogeno, e com algumas pessoas diferentes. Acho que talvez seja isso que as bandas que aqui falam também buscam, pois é a difusão do seu trabalho tocar pra publicos diversificados. E a partir disto aproveito pra responder a enquete. Acredito que seja a letra "d". Mas, acho que ocorre também a "a", não sei se literalmente. Mas acho que as divulgações( imagino as dificuldades desta)que acabam ocorrendo nos sites e comunidades, infelismente atingem só as pessoas que comumente já entram ali. Concordo com a Maria Eduarda sob Mogi ser em grande maioria composta de patys e playboys, cujos interesses ela já citou. Mas acho que não da pra generalizar, e sempre se tem as novas gerações. Tá, admito que talvez eu esteja sendo utópica, mas acho que só apontar a alternativa correta não vai mudar nada (o que é o que muitos acreditam).Também sou uma das pessoas que não tem banda, e sempre compareceu aos eventos. Por gostar de musica. Se todas estas discussões da cena tem rolado aqui, é porque não queremos perder o que há em Mogi, não precisamos ficar só a merce do que rola em São Paulo. Mesmo que, infelismente ainda não tenhamos a solução...
Enfim, o evento terminou com a apresentação do grupo de Maracatu, que motivou muitas pessoas a dançar, mas antes que a apresentação terminasse eu tive de me retirar. Acho que já falei demais.Fiquei triste de perder o Hurtmold...alguem ai foi?

Regis Vernissage disse...

Sábias palavras da Nah:
"Se todas estas discussões da cena tem rolado aqui, é porque não queremos perder o que há em Mogi..."
Ou seja, muitas bandas boas, lugares bacanas (mesmo que ainda poucos) para a oxigenação de bandas e público e músicos e público interessados no funcionamento de um coletivo (bem, nem todos...), o que já é motivo suficiente para uma proto-cena.